"Valores profundamente enraizados em mim": jogador do FC Nantes admite que não quer jogar no dia contra a homofobia

Fim da hipocrisia para Mohamed Mostafa . Frequentemente lesionado "diplomaticamente" durante partidas da Ligue 1 dedicadas à luta contra a homofobia, o jogador do FC Nantes está este ano assumindo a responsabilidade por sua recusa em jogar e usar uma braçadeira de arco-íris.

Enquanto seu treinador Antoine Kombouaré mencionou pela manhã que Mostefa estava incerto para a partida contra o Montpellier por causa de um "problema muscular" , o atacante se manifestou no Instagram.

"Minha participação nesta iniciativa é impossível."

"Não participarei do jogo Nantes-Montpellier neste sábado. Cada um tem uma história, uma cultura, uma sensibilidade. Não me sinto confortável com a ideia de me expressar publicamente, mas hoje sinto a necessidade de esclarecer minha abordagem. Sem buscar alimentar um debate. Cada um tem uma história, uma cultura, uma sensibilidade. Conviver juntos também significa reconhecer que essa diversidade pode ser expressa de forma diferente dependendo da pessoa", escreveu o atacante do Nantes em um artigo.

Acredito no respeito mútuo, aquele que devemos aos outros. Mas também o que devemos a nós mesmos e às nossas crenças. De minha parte, certos valores profundamente arraigados, ligados às minhas origens e à minha fé, impossibilitam minha participação nesta iniciativa. Esta escolha é pessoal. Não expressa rejeição nem julgamento. Espero apenas que esta decisão seja recebida com calma e compreensão", conclui.

Suspensão de 4 jogos?

O FC Nantes já anunciou que irá sancionar financeiramente Mostafa Mohamed . Assim como no ano passado, esse dinheiro será doado para uma associação que luta contra a homofobia.

No ano passado, a LFP suspendeu o meio-campista malinês do AS Monaco, Mohamed Camara, por quatro partidas porque ele cobriu o logotipo da operação em sua camisa com fita adesiva. Ele foi transferido para o clube catariano Al-Sadd SC no final do ano.